quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A vitória sobre o racismo

Barak Obama virou febre no mundo inteiro. Eu sempre desconfiei de algumas escolhas feitas pela maioria, mas no caso do novo presidente dos Estados Unidos, foi um grito de “chega” ao governo totalitário de Bush. Não se fala em outra coisa, Obama já é um ídolo mundial.

Ontem à noite no Jornal da Band, Bóris Casoy alertou – em uma de suas observações – sobre o excesso de esperança que estão depositando em Obama. Por mais que sua vitória tenha sido um avanço, Bóris lembrou dos grandes desafios que ele tem pela frente, além de criticar a atitude daqueles que o consideram um messias.

Se fosse em outras circunstâncias eu até concordaria com o Bóris, mas lendo um pouco sobre o racismo ao longo da história, não tem como não comemorar entusiasticamente a eleição de Obama. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade. Sem contar nas leis de Jim Crow, nos Estados Unidos, e do apartheid na África do Sul.

As leis de Jim Crow foram leis estaduais e locais decretadas nos estados sulistas e limítrofes nos Estados Unidos, em vigor entre 1876 e 1965, e que afetaram afro-americanos, asiáticos e outras raças. As leis mais importantes exigiam que as escolas públicas e a maioria dos locais públicos (incluindo trens e ônibus) tivessem instalações separadas para brancos e negros. Estas Leis de Jim Crow eram distintas dos Black Codes (1800-1866), que restringiam as liberdades e direitos civis dos afro-americanos.
A "época de Jim Crow" se refere ao tempo em que a prática ocorria. Já o Apartheid foi um regime adotado legalmente em 1948 na África do Sul, em que os brancos detinham o poder e os povos restantes eram obrigados a viver separadamente, de acordo com as regras que os impediam de ser verdadeiros cidadãos. Nelson Mandela foi uma das figuras mais importantes da oposição ao apartheid.
Se a vitória de Obama vai ser boa para os Estados Unidos eu não sei. Mas é inegável que é uma vitória sobre o racismo – que apesar dos avanços – ainda é muito presente em diversas sociedades. Desde formas explícitas, até formas mais disfarçadas como no Brasil.



















2 comentários:

Anderson Nascimento disse...

Putz grilo!

Que texto maravilhoso que nos proporcionou Isadora...

Sem comentários..quem sabe, sabe.

Anônimo disse...

Dóia...
ADOREI seu texto sobre o Obama. Tu tá escrevendo bem, lôra.
Bjo, Fer.