
Ontem à noite no Jornal da Band, Bóris Casoy alertou – em uma de suas observações – sobre o excesso de esperança que estão depositando em Obama. Por mais que sua vitória tenha sido um avanço, Bóris lembrou dos grandes desafios que ele tem pela frente, além de criticar a atitude daqueles que o consideram um messias.
Se fosse em outras circunstâncias eu até concordaria com o Bóris, mas lendo um pouco sobre o racismo ao longo da história, não tem como não comemorar entusiasticamente a eleição de Obama. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade. Sem contar nas leis de Jim Crow, nos Estados Unidos, e do apartheid na África do Sul.
As leis de Jim Crow foram leis estaduais e locais decretadas nos estados sulistas e limítrofes nos Estados Unidos, em vigor entre 1876 e 1965, e que afetaram afro-americanos, asiáticos e outras raças. As leis mais importantes exigiam que as escolas públicas e a maioria dos locais públicos (incluindo trens e ônibus) tivessem instalações separadas para brancos e negros. Estas Leis de Jim Crow eram distintas dos Black Codes (1800-1866), que restringiam as liberdades e direitos civis dos afro-americanos.
A "época de Jim Crow" se refere ao tempo em que a prática ocorria. Já o Apartheid foi um regime adotado legalmente em 1948 na África do Sul, em que os brancos detinham o poder e os povos restantes eram obrigados a viver separadamente, de acordo com as regras que os impediam de ser verdadeiros cidadãos. Nelson Mandela foi uma das figuras mais importantes da oposição ao apartheid.
Se a vitória de Obama vai ser boa para os Estados Unidos eu não sei. Mas é inegável que é uma vitória sobre o racismo – que apesar dos avanços – ainda é muito presente em diversas sociedades. Desde formas explícitas, até formas mais disfarçadas como no Brasil.
2 comentários:
Putz grilo!
Que texto maravilhoso que nos proporcionou Isadora...
Sem comentários..quem sabe, sabe.
Dóia...
ADOREI seu texto sobre o Obama. Tu tá escrevendo bem, lôra.
Bjo, Fer.
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